A RESISTÊNCIA DE JÓ FRENTE À DOR E AO SOFRIMENTO
Jó é citado apenas
duas vezes em toda a Escritura (Ez 14.12-23; Tg 5.11), fora do livro que leva o
seu nome. Na primeira passagem, salienta-se a retidão e o poder de intercessão
de Jó, que é colocado ao lado de outros homens especiais (Noé e Daniel). Na
segunda, fala-se de sua capacidade de lidar com o sofrimento. Algumas versões
chamam atenção para a sua paciência (RA, TEB, NTLH, BJ), outras para a sua
constância (CNBB, EP) ou perseverança (NVI). A paráfrase Bíblia Viva prefere
mencionar a sua confiança em Deus. Apenas a Bíblia do Peregrino acha apropriado
traduzir a palavra original como resistência: “Ouvistes falar como Jó resistiu,
e conheceis o desfecho que Deus lhe proporcionou, pois o Senhor é compassivo e
piedoso”.
Logo no início do
livro, Jó é apresentado como homem extremamente correto, inculpável, íntegro,
irrepreensível, justo, precavido (“evitava fazer o mal”), reto (“andava na
linha”) e temente a Deus (Jó 1.1). Era um homem especial, fora de série, um
exemplo impressionante em sua época e em nosso tempo. Duas vezes o próprio Deus
afirma que Jó era sem igual: “No mundo inteiro não há ninguém tão bom e honesto
como ele” (Jó 1.8; 2.3)
Em geral, o que os
cristãos sabem a respeito de Jó é apenas o que está no prólogo (os dois
primeiros capítulos) e no epílogo (os 12 últimos versos do último capítulo).
Passa-se por cima de toda a parte poética do livro, que valoriza tremendamente
o caráter de Jó. Já o leitor que examina o miolo do livro fica perplexo com a
incrível resistência do homem da terra de Uz frente a toda sorte de sofrimento,
como se pode ver a seguir. Jó era irrepreensível...
Apesar das
desventuras
Jó não era sem igual
só no terreno ético. No que diz respeito à prosperidade, ele era aprovado e
bem-sucedido em tudo. Jó tinha saúde, família, riquezas e muita gente a seu
serviço. Era “o homem mais rico do oriente”. Possuía 11.500 cabeças de gado. De
uma hora para outra, perdeu tudo. Em um mesmo dia, Jó recebeu quatro más
notícias seguidas, uma imediatamente após a outra. As perdas foram provocadas
pelos povos vizinhos (os sabeus e os caldeus) e por desastres naturais (raios
caídos do céu e uma terrível ventania vinda do deserto). Foi assim que Jó
perdeu...
Todo o gado (7.000
ovelhas, 3.000 camelos, 1.000 bois e 500 jumentos);
Todos os empregados
(administradores, agricultores, boiadeiros, carreiros, cortadores de lã,
guardas das torres de vigia, plantadores de capim, roçadores de pastos,
tiradores de leite, tratadores de animais, vendedores de gado etc). Só
escaparam aqueles que vieram trazer essas notícias.
Todos os dez filhos
(três mulheres e sete homens). Estavam todos comendo e bebendo na casa do irmão
mais velho, quando o furacão atingiu a casa e a derrubou sobre eles. No dia
seguinte, havia dez caixões de defuntos para Jó enterrar.
Apesar da doença
Pouco depois da
perda de quase todos os bens e de todos os filhos, Jó perdeu a saúde, o mais
precioso bem que alguém pode possuir. A doença era tão grave que o obrigava a
pensar na morte. Vários diagnósticos têm sido apresentados: a doença poderia
ser dermatose escamosa, elefantíase, eczema crônico, eritema, lepra, melanoma,
pênfigo foliáceo, psoríase queratose, úlceras malignas, varíola. Ele portava
“feridas terríveis, da sola dos pés ao alto da cabeça”, raspava-se com um caco
de louça e ficou tão desfigurado que seus amigos não puderam reconhecê-lo e começaram
a chorar em alta voz diante daquele quadro aterrador (2.12-13).
O mal de Jó era uma
agressão à visão e ao olfato de todos os que o cercavam.
Vale a pena ler o
que o próprio Jó fala a respeito:
“Que esperança posso
ter, se já não tenho forças? Como posso ter paciência, se não tenho futuro?”
(6.11).
“Quando me deito
fico pensando: quanto vai demorar para eu me levantar? A noite se arrasta, e eu
fico virando na cama até o amanhecer. Meu corpo está coberto de vermes e cascas
de ferida, minha pele está rachada e vertendo pus. [...] É melhor ser
estrangulado e morrer do que sofrer assim” (7.4-5,15).
“Meus dias correm
mais velozes que um atleta; eles voam sem um vislumbre de alegria. Passam
[ligeiros] como barcos de papiro, como águias que mergulham sobre as presas”
(9.25).
“Tornei-me objeto de
riso para os meus amigos, logo eu, que clamava a Deus e ele me respondia, eu,
íntegro e irrepreensível, um mero objeto de riso!” (12.4).
“Minha magreza [...]
depõe contra mim”(16.8); “O meu corpo não passa de uma sombra” (17.7); “Não
passo de pele e ossos” (19.20).
“O único lar pelo
qual espero é a sepultura” (17.13); “Quem poderá ver alguma esperança para
mim?” (17.15).
“Minha mulher acha
repugnante o meu hálito; meus próprios irmãos têm nojo de mim” (19.17).
“Agora esvai-se a
minha vida; estou preso a dias de sofrimento. A noite penetra os meus ossos; minhas
dores me corroem sem cessar” (30.16-17).
“Minha pele escurece
e cai; meu corpo queima de febre. Minha harpa está afinada para cantos
fúnebres, e minha flauta para o som de pranto” (30.30-31).
Apesar da esposa
A companheira de Jó
e mãe de seus filhos mortos não teve sabedoria suficiente para enfrentar o
sofrimento da família:
1) Ela foi incapaz
de suportar o quadro doentio do marido. Jó pessoalmente descreve a situação:
“Minha própria esposa não chega perto de mim por causa do mau cheiro que sai de
minha boca quando falo” (19.17, BV). O cheiro repugnante vinha também das
feridas abertas.
2) Ela foi incapaz
de manter o relacionamento anterior com Deus. A esposa de Jó rompeu com o
Senhor e aconselhou o marido a fazer o mesmo: “Você ainda vai tentar ser muito
religioso, mesmo depois de tudo o que Deus nos fez? O melhor que você tem a
fazer é amaldiçoar a Deus e morrer!” Jó viu-se na obrigação de opor-se e
resistir à própria esposa: “O que você está falando é loucura completa. Já
recebemos tantas coisas boas de Deus, porque não recebemos também o sofrimento
e a dor?” (2.9-10, BV.)
3) Ela foi incapaz
de acompanhar o marido. A dura verdade é que a esposa de Jó passou para o lado
oposto: aliou-se a Satanás, tornou-se porta-voz dele, fez-se advogada do diabo.
Pois o único propósito de Satanás era levar Jó a amaldiçoar a Deus (1.11; 2.5).
Apesar da solidão
Antes de suas
desventuras, Jó tinha nome, tinha dinheiro, tinha poder. Era cercado de pobres,
órfãos, viúvas e estrangeiros, com os quais repartia seus bens. Era cercado de
parentes, amigos e vizinhos, próximos e distantes, com os quais se alegrava.
Afinal, muitos são os que amam o rico (Pv 14.20). Mas, depois de suas
desgraças, todos foram se retirando e deixaram Jó sozinho. Ele se queixa
amargamente disso:
“[Deus] afastou de
mim os meus irmãos; até os meus conhecidos estão longe de mim. Os meus parentes
me abandonaram e os meus amigos esqueceram-se de mim. Os meus hóspedes e as
minhas servas consideram-me estrangeiro; vêem-me como um estranho. Chamo o meu
servo, mas ele não me responde, ainda que lhe implore pessoalmente. Minha
mulher acha repugnante o meu hálito; meus próprios irmãos têm nojo de mim. Até
os meninos zombam de mim e dão risadas quando apareço. Todos os meus amigos
chegados me detestam; aqueles a quem amo voltaram-se contra mim” (19.13-20).
Apesar do Diabo
O livro da Bíblia
que menciona maior número de vezes o nome de Satanás é o de Jó. São ao todo
quatorze citações, que aparecem apenas nos dois primeiros capítulos, o
equivalente a pouco mais de 25% de todas as ocorrências. Quanto a toda a
Escritura, apenas em Apocalipse Satanás é tão devastador como em Jó.
Por duas vezes, Deus
chama a atenção de Satanás para a integridade de Jó: “Reparou em meu servo Jó?”
(1.8; 2.3). Em resposta, Satanás duas vezes relacionou a integridade de Jó com
a prodigalidade de Deus (1.10-11; 2.4). Então, também por duas vezes, Deus
suspendeu parte de sua proteção e deixou Jó ao alcance de Satanás (1.12; 2.6).
Na primeira vez,
Satanás toma todos os seus bens e todos os seus filhos (1.13-19). Na segunda,
toma toda a sua saúde (2.7-8). Depois de todos os estragos, Satanás sai de cena
e não mais é citado.
O Satanás do livro
de Jó é o mesmo que mais tarde vai tentar o próprio Jesus Cristo (Mt 4.1-11),
peneirar Pedro (Lc 22.31), entrar no coração de Judas (Jo 13.27), encher o
coração de Ananias (At 5.2), atazanar Paulo com o espinho na carne (2 Co 12.7)
e impedir Paulo de visitar os tessalonicenses (1 Ts 2.18). Satanás é o
tentador, o enganador, o acusador, o maligno, o homicida, o ladrão de semente
(Mt 13.19), o semeador de joio (Mt 13.39), o pai da mentira, o leão que ruge e
especialmente “o príncipe da potestade do ar” (Ef 2.2), isto é, “aquele que se
interpõe entre o céu e a terra” (na Tradução Ecumênica da Bíblia).
Por algum tempo, mas
sem perder a proteção de Deus, Jó foi contundentemente machucado por Satanás!
Apesar das
discurseiras de seus amigos
Os três amigos de Jó
— Elifaz, Bildade e Zofar — “souberam de todos os males [desgraças,
calamidades, em outras versões] que o haviam atingido, saíram, cada um da sua
região. Combinaram encontrar-se para, juntos, irem mostrar solidariedade a Jó e
consolá-lo” (2.11).
Depois da mudez
provocada pelo impacto da aparência de Jó, os três homens começaram a falar.
Seus oito (talvez nove) discursos ocupam pelo menos nove capítulos do livro de
Jó. São peças admiráveis quanto à poesia, à beleza e à religiosidade. Os três
são monoteístas como o amigo e o nome de Deus aparece 39 vezes em seus
discursos (incluindo os nomes Criador e Todo-poderoso). Mas revelam incrível
falta de sabedoria, falta de psicologia e falta de misericórdia. Eram
inoportunas para aquele momento e para a pessoa com o qual falavam. Valendo-se
de uma filosofia errada e de uma teologia errada, Elifaz, Bildade e Zofar
causaram enorme mal-estar a Jó e cometeram imperdoáveis injustiças contra ele.
Talvez Jó tenha sofrido mais com os discursos de seus amigos do que com a
bancarrota financeira, a morte dos filhos e a própria doença. Isso pode ser
visto nos seguintes desabafos:
“Vocês [...] me
difamam com mentiras; todos vocês são médicos que de nada valem! Se tão-somente
ficassem calados, mostrariam sabedoria” (13.5).
“Até quando vocês
continuarão a atormentar-me, e esmagar-me com palavras? Vocês já me
repreenderam dez vezes; não se envergonham de agredir-me” (19.2-3).
“Suportem-me
enquanto eu estiver falando; depois que eu falar poderão zombar de mim” (21.3).
Os amigos de Jó
atentaram contra a sua tranqüilidade, alvoroçaram a sua consciência e roubaram
a sua paz com Deus. Desempenharam o mesmo serviço de Satanás, aquele que se põe
na presença de Deus para acusar dia e noite, não os ímpios, mas os justos (Ap 12.10).
Quando o pano se
levanta e toda a verdade vem à tona, o Senhor repreende severamente os
acusadores de Jó: “Estou indignado com você [Elifaz] e com os seus dois amigos
[Bildade e Zofar], pois vocês não falaram o que é certo a meu respeito, como fez
meu servo Jó” (42.7). Para não serem punidos por Deus “pela loucura que
cometeram”, os três amigos deveriam comparecer diante de Jó, oferecer
holocaustos em favor deles mesmos e se beneficiarem da intercessão de Jó
(42.8-9).
Apesar da arenga de
Eliú
Eliú é o quarto
personagem do livro de Jó. Era mais jovem que Elifaz, Bildade e Zofar. Foi o
último a falar. Seu discurso ocupa seis capítulos seguidos e ele sozinho cita o
nome de Deus 39 vezes. Embora mais cortês e mais próximo da verdade quanto à
visão do sofrimento, Eliú também não poupou o homem da terra de Uz:
“Neste mundo não há
ninguém como Jó, para quem é tão fácil zombar de Deus como beber um copo de
água. Ele anda com homens maus e se ajunta com gente que não presta” (34.7,
NTLH).
“Jó é pecador, um
pecador rebelde. Na nossa presença, zomba de Deus e não pára de falar contra
ele” (34.37, NTLH).
“Jó, você não tem o
direito de dizer para Deus que você é inocente” (35.2, NTLH).
“São os outros que
sofrem por causa dos pecados que você comete” (35.8, NTLH).
“Não adianta nada
continuar o seu discurso; você fala muito, porém não sabe o que está dizendo”
(35.16, NTLH).
“Você está sofrendo
por causa da sua maldade; cuidado, não se volte para ela!” (35.21, NTLH.)
Com o discurso de
Eliú fechou-se o cerco contra Jó. Já não havia ninguém a favor do homem da
terra de Uz. Todos declararam impiedosamente e à uma voz que Jó era o único
responsável pelo sofrimento dele: estava colhendo o que plantara (Gl 6.7-8).
Apesar de Deus
Ninguém tinha
conhecimento do que estava acontecendo fora do palco, nos bastidores do
inferno. Nem a principal vítima, nem a sua mulher, nem os demais parentes, nem
a vizinhança, nem os conhecidos, nem seus antigos hóspedes, nem seus servos e
servas, nem os rapazotes que brincavam displicentemente nas ruas e praças, nem
os miseráveis que Jó havia acolhido em tempo de fartura. Menos ainda os
acadêmicos presunçosos que vieram de Temã, de Suá e de Naamate, e o jovem Eliú,
igualmente presunçoso. Ninguém sabia nada do profundo apreço de Deus por Jó,
das duas provocações de Deus a Satanás (“Reparou em meu servo Jó?”), das
alegações de Satanás de que Jó era reto por uma questão de interesse
particular, das duas progressivas diminuições do tamanho da cerca que protegia
Jó e da poderosa e sobrenatural investida de Satanás contra as posses, contra a
família e contra a saúde de Jó. O mais ignorante disso tudo seria o próprio Jó.
Por essa razão,
mesmo sem entender nada do que estava acontecendo, e na certeza de que nada
está fora do controle de Deus, Jó atribuía tudo ao Senhor, como se pode ver nas
declarações assinadas por ele:
“Nasci nu, sem nada,
e sem nada vou morrer. O Senhor deu [tudo o que eu tinha], o Senhor tirou;
louvado seja o seu nome!” (1.21, NTLH.)
“Sem dúvida, ó Deus,
tu me esgotaste as forças; deste fim a toda a minha família. Tu me deixaste
deprimido. [...] Deus, em sua ira, ataca-me e faz-me em pedaços, e range os
dentes contra mim” (16.7-9).
“Deus fez-me cair
nas mãos dos ímpios e atirou-me nas garras dos maus. Eu estava tranqüilo, mas
ele me arrebentou; agarrou-me pelo pescoço e esmagou-me. Fez de mim o seu alvo;
seus flecheiros me cercam. Ele traspassou sem dó os meus rins e derramou na
terra a minha bílis. Lança-se sobre mim uma e outra vez; ataca-me como um
guerreiro” (16.11-14).
“Foi Deus que me
tratou mal e me envolveu em sua rede. [...] Ele bloqueou o meu caminho, e não
consigo passar; cobriu de trevas as minhas veredas. Despiu-me da minha honra e
tirou a coroa de minha cabeça. Ele me arrasa por todos os lados enquanto eu não
me vou; desarraiga a minha esperança como se arranca uma planta. Sua ira
acendeu-se contra mim; ele me vê como inimigo. Suas tropas avançam
poderosamente; cercam-me e acampam ao redor da minha tenda” (19.6-12).
“Misericórdia, meus
amigos! Misericórdia! Pois a mão de Deus me feriu” (19.21).
Na verdade, Deus não
fez nada contra Jó. Porém, permitiu que Satanás fizesse tudo isso e ainda se
servisse de sua própria esposa e de seus próprios amigos. Todavia, nenhum desses
estranhos acontecimentos tirou o patriarca do caminho reto. É extraordinária
sua resistência às circunstâncias esmagadoramente contrárias!
Apesar do próprio Jó
Jó era de carne e
osso como qualquer outra criatura. Era homem e não Deus, era homem e não
semideus, era homem e não super-homem. Assim como Jesus, em sua forma humana,
era igual a qualquer de nós e tinha as mesmas necessidades básicas, como fome,
sede e sono, e “passou por todo tipo de tentação” (Hb 4.15). Jó era cercado de
limitações e fraquezas. O homem da terra de Uz era irrepreensível e inculpável,
mas era santo no sentido restrito. Ele nasceu pecador e era pecador. O pecado
habitava nele, estava dentro dele e atuava em seus membros, como aconteceu com
Paulo (Rm 7.14-25) e como acontece com qualquer outro mortal.
As dores provocadas
pela perda de todos os bens, pela morte de todos os filhos e pela doença mau
cheirosa e sem cura, não foram fictícias. Assim como as dores dos cravos que
atravessaram os pés e as mãos de Jesus não foram teatrais. Jó sofreu com o mau
conselho da esposa e com a incompreensão, a falta de tato, o fundamentalismo
religioso, as críticas, as calúnias, as denúncias, a falta de compaixão e a
insistência de Elifaz, Bildade, Zofar e Eliú. Nada disso passou despercebido pelo
sofrido Jó. Ele chorava — “Meu rosto está rubro de tanto eu chorar” (16.16).
Ele ficava perdido, confuso, desesperado, deprimido. Jó fazia reclamações,
lamentações, desabafos (não há outro livro com tantos e sérios desabafos como o
de Jó). Ele tinha crises de fé. Todavia, o homem da terra de Uz sobreviveu a
tudo isso e fazia sua pública profissão de fé: “Eu sei que o meu Redentor vive,
e que no fim se levantará sobre a terra” (19.25).
Jó é um dos mais
notáveis exemplos de resistência frente às vicissitudes pelas quais o ser
humano pode passar!
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